CARACTERÍSTICAS DO SIMBOLISMO
Misticismo e espiritualismo – A fuga da realidade leva o poeta simbolista ao mundo espiritual. É uma viagem ao mundo invisível e impalpável do ser humano. Uso de vocabulário litúrgico: antífona, missal, ladainha, hinos, breviários, turíbulos, aras, incensos.
Falta de clareza – Os poetas achavam que era mais importante sugerir elementos da realidade, sem delineá-los totalmente. A palavra é empregada para ter valor sonoro, não importando muito o significado.
Subjetivismo – A valorização do “eu” e da “irrealidade”, negada pelos parnasianos, volta a ter importância.
Musicalidade – Para valorizar os aspectos sonoros das palavras, os poetas não se contentam apenas com a rima. Lançam mão de outros recursos fonéticos tais como:
Aliteração – Repetição seqüencial de sons consonantais. A seqüência de palavras com sons parecidos faz que o leitor menospreze o sentido das palavras para absorver-lhes a sonoridade. É o que ocorre nos versos seguintes, de Cruz e Sousa:
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpia dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes,
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
(Violões que Choram)
Assonância – É a semelhança de sons entre vogais de palavras de um poema.
Sinestesia – Os poetas, tentando ir além dos significados usuais das palavras, terminam atribuindo qualidade às sensações. As construções parecem absurdas e só ganham sentido dentro de um contexto poético. Vejamos algumas construções sinestésicas: som vermelho, dor amarela, doçura quente, silêncio côncavo.
Maiúsculas no meio do verso – Os poetas tentam destacar palavras grafando-as com letra maiúscula.
Cor branca – Principalmente Cruz e Sousa tinha preferência por brancuras e transparências.
Fonte: http://www.colegioweb.com.br/literatura/caracteristicas-do-simbolismo.html
Biografia Cruz e Sousa
Filho dos negros alforriados Guilherme da Cruz, mestre-pedreiro, e Carolina Eva da Conceição, João da Cruz desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa - de quem adotou o nome de família, Sousa. A esposa de Guilherme Xavier de Sousa, Dona Clarinda Fagundes Xavier de Sousa, não tinha filhos, e passou a proteger e cuidar da educação de João. Aprendeu francês, latim e grego, além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller, com quem aprendeu Matemática e Ciências Naturais.
Em 1881, dirigiu o jornal Tribuna Popular, no qual combateu a escravidão e o preconceito racial. Em 1883, foi recusado como promotor de Laguna por ser negro. Em 1885 lançou o primeiro livro, Tropos e Fantasias em parceria com Virgílio Várzea. Cinco anos depois foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil, colaborando também com o jornal Folha Popular. Em fevereiro de 1893, publica Missal (prosa poética baudelairiana) e em agosto, Broquéis (poesia), dando início ao Simbolismo no Brasil que se estende até 1922. Em novembro desse mesmo ano casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, com quem teve quatro filhos, todos mortos prematuramente por tuberculose, levando-a à loucura.
Morte
Faleceu a 19 de março de 1898 no município mineiro de Antônio Carlos, num povoado chamado Estação do Sítio, para onde fora transportado às pressas vencido pela tuberculose. Teve o seu corpo transportado para o Rio de Janeiro em um vagão destinado ao transporte de cavalos. Ao chegar, foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier por seus amigos, dentre eles José do Patrocínio, onde permaneceu até 2007, quando seus restos mortais foram então acolhidos no Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, no centro de Florianópolis.
Fonte:http://conhecendooportugues.blogspot.com/2007/10/biografia-de-cruz-e-sousa-autor-do.html
Alphonsus de Guimaraens
Afonso Henriques da Costa Guimarães nasceu em 24 de julho de 1870, na cidade de Ouro Preto (MG). Faleceu em 15 de julho de 1921.
Principais obras:
- Setenário das dores de Nossa Senhora (1899)
- Dona Mística (1899)
- Kyriale (1902)
- Pastoral aos crentes do amor e da morte (1923), entre outros.
Fonte:http://www.colegioweb.com.br/literatura/autores-e-obras1.html
Pedro Kilkerry
Foi um dos vários poetas simbolistas quase anônimos. Pobre e boêmio, morreu tuberculoso em Salvador. Nada deixou em livro, o que dele se conhece se reduz ao que publicou em revistas simbolistas baianas Nova Cruzada e Os Anais. Sua obra só entrou em evidência em 1970, com Re-visão de Kilkerry (seleção de poemas organizada por Augusto de Campos).
Principais obras:
- É o Silêncio...
- Ad veneris lacrimas
- Amor volat
- Cérbero
- Cetáceo
Fonte http://www.graudez.com.br/literatura/simbolismo.html#ALG
Eugénio de Castro
Poeta e professor universitário português, natural de Coimbra, onde se formou em Letras. Iniciou a publicação de obras de poesia em 1884. Três anos mais tarde, colaborou no jornal O Dia e, em 1895, foi co-fundador, com Manuel da Silva Gaio, da revista internacional Arte, que reuniu textos de escritores portugueses e estrangeiros da época.
Eugénio de Castro ficou conhecido como o introdutor do simbolismo em Portugal. Após uma estadia em França, publicou as obras Oaristos (1890) e Horas (1891), que pretendiam revolucionar, do ponto de vista formal, a poesia portuguesa (introdução de inovações ao nível das imagens, da rima e do trabalho do verso em geral e exploração da musicalidade da língua, num esteticismo que visava contrapor-se à tradição romântica portuguesa). Estas primeiras obras suscitaram uma acesa polémica, o que ajudou à difusão do simbolismo decadentista em Portugal, corrente apoiada e difundida pelo jornal
Escreveu ainda, para além das já citadas, as obras Silva, (1894), Belkiss (1894), Tirésias e Sagramor (1895), Salomé e Outros Poemas (1896), O Rei Galaor (1897), Saudades do Ceú (1899), Poesias Escolhidas, 1889-1900 (1902), O Anel de Polícrates (1907), A Fonte de Sátiro (1908), O Cavaleiro das Mãos Irresistíveis (1916), Canções desta Vida Negra (1922), Cravos de Papel (1922), A Mantilha dos Medronhos (1923), Descendo a Encosta (1924) e Últimos Versos (1938).
Fonte:http://www.astormentas.com/din/biografia.asp?autor=Eug%E9nio+de+Castro
Antônio Nobre
Poeta português, natural do Porto. Após uma passagem pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, entre 1888 e 1890, seguiu para Paris, onde concluiu os estudos de Ciências Políticas em 1895. Aí, contactou com Eça de Queirós, que era, na altura, cônsul de Portugal e escreveu a maior parte dos poemas que viriam a constituir o Só. Publicado em Paris, em 1892, num período em que o simbolismo era a corrente dominante, o Só pouco tem a ver com esta corrente, o que poderá explicar as críticas geralmente negativas com que a obra foi recebida em Portugal. O ingresso na carreira diplomática, que pretendia, não lhe foi possível, por, na altura, já sofrer de tuberculose. Efectuou viagens à Suíça, Madeira e Nova Iorque, procurando a cura para a doença que viria a vitimá-lo. O exílio de Nobre em Paris e as circunstâncias críticas do seu estado de saúde contribuíram em muito para as características da sua obra, que não deixa de reflectir algumas influências simbolistas e decadentistas.
António Nobre, recusando a elaboração convencional, oratória e elevada da linguagem, libertou-a, procurando um tom de coloquialidade, sensível mais que reflexivo, cheio de ritmos livres e musicais, afectivo, oral, precursor de muitos aspectos da modernidade e acompanhado de uma imagística rica e original. O seu único livro publicado em vida, Só (1892), «que é o livro mais triste que há em Portugal», segundo palavras do próprio autor, foi um dos grandes marcos da poesia do século XIX. Na reedição de 1898, Nobre dividiu o livro em secções, construindo o percurso de vida de uma personagem. «Memória» abre a obra, marcando, desde o início, a ascendência mítica dessa personagem que, fadada para ser um «Príncipe» e um poeta, simbolicamente fica órfão e erra em busca da sua identidade – individual, de «Anto», e colectiva, já que o eu simboliza Portugal e os portugueses na crise do fim do século.
António Nobre colaborou em revistas como A Mocidade de Hoje (1883) e Boémia Nova (1889). Na sua obra póstuma, constam Despedidas 1895-1899 (1902, que inclui um fragmento de um poema sebastianista de intenção épica, O Desejado), Primeiros Versos 1882-1889 (1921) e alguns volumes de correspondência.
Fonte:http://www.astormentas.com/PT/biografia/Ant%C3%B3nio%20Nobre
Camilo Pesanha
Camilo de Almeida Pessanha nasceu no dia 7 de setembro de 1867 na cidade de Coimbra em Portugal. Após formar-se em Direito foi para Macau, na China, onde exerceu a função de Professor.Acometido de Tuberculose e, segundo alguns estudiosos, viciado em ópio, o que contribuía para o agravamento da doença, retornou várias vezes para a Portugal para tratar da sua saúde.Essas viagens de pouco valeram, uma vez que o poeta faleceu em 1º de março de 1926 em Macau.Camilo Pesanha que é, sem sombra de dúvidas, o maior e mais autêntico poeta Simbolista português foi fortemente influenciado pela poesia de do poeta frances Verlaine.Sua poesia, que influenciou vários poetas modernistas, como por exemplo Fernando Pessoa, mostra o mundo sob a ótica da ilusão, da dor e do pessimismo.O exílio do mundo e a desilusão em relação à Pátria também estão presentes em sua obra e passam a impressão de desintegração do seu ser.A sua obra mais famosa é " Clepsidra", relógio de água, que contém poemas com musicalidade marcante e temas até certo ponto dramáticos.
Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/camilo-pessanha/camilo-pessanha.php
Emiliano Perneta
David Emiliano Perneta (1866-1921) nasceu e morreu em Curitiba. Formou-se advogado pela Universidade de São Paulo. Além de ter sido jornalista, advogado e professor de português, Perneta foi um dos fundadores do clube republicano de Curitiba e publicou, em livros, jornais e revistas, poesia e prosa poética simbolista.
Fonte:http://www.grupoescolar.com/pesquisa/autores-simbolismo.html
Autores Simbolismo
João da Cruz e Souza
Simbolismo